Arquivo mensal: outubro 2013

Endomarketing – primeiro vem as pessoas!

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imagesNo texto anterior abordamos a comunicação interna, que de forma mais ampla está intimamente ligada ao endomarketing. No entanto ao falarmos deste tema ampliamos consideravelmente a visão do marketing interno nas corporações.

Compreendendo: Endomarketing é toda e qualquer ação elaborada e executada para o público interno de uma organização, visando sua aliança para com os serviços e produtos da empresa a qual trabalha. Assim, endomarketing não é o mesmo que comunicação interna é um processo gerencial, cíclico e continuado.

Parecendo simples, o endomarketing é por muitas vezes delegado ao segundo plano, desmerecendo stakeholders, parceiros e colaboradores como grandes aliados para o sucesso dos negócios.

Gerir o público interno e suas diferenças é um trabalho árduo, mas compensador. Deve começar de cima para baixo, ter o apoio do corpo diretivo efetivamente nas ações e no controle dos resultados, sem o qual se corre o risco de ser um insucesso. Percorrer o caminho que passa pela concepção de benefícios e sua aderência; pelo ambiente tangível e intangível; pela clareza da relação de troca entre empresa e colaborador; pela comunicação interna correta, clara e com linhas editoriais complementares – estratégica, informativa, de serviço e humana; e por fim permitir, na prática, a existência de um canal de comunicação interno de retorno,  são os principais passos para um bom começo.

O objetivo central do endomarketing é focar nas pessoas para gerar resultados. Desenvolver ações com a finalidade de promover a interação do público interno com a empresa, criando métodos motivacionais, eventos, treinamentos, valorizações e atividades de integração, são pontos importantes e que devem ser bem pensados.

Muitas empresas investem pesadamente em marketing, considerando seu público interno prioritário nas ações de comunicação. Outras por sua vez, não se preocupam em, no mínimo, enviar uma mensagem de felicitações pelo aniversário, nascimento de um filho ou promoção profissional!

Assim, penso que na prática o endomarketing é uma ferramenta fundamental para as empresas, se elas quiserem crescer, ser competitivas, reconhecidas e internamente felizes.

Possível para todas? O que você acha?

 

 Leia também: 

http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/as-25-leis-do-endomarketing/69076/- as 25 leis do endomarketing

http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/mcdonalds-goela-abaixo/69680/ – artigo interessante sobre o endomarketing  forçado!

http://www.endeavor.org.br/artigos/gente-gestao/cultura-corporativa/endomarketing-auxiliando-na-formacao-de-uma-cultura-forte

http://www.casodesucesso.com/?cid=41 – case do Magazine Luiza

 

Assista:

http://www.youtube.com/watch?v=TK6ZJUGdm5g – animação de trabalho em equipe

 

 

Comunicação Interna – Dê muito valor!

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imagesEm anos de experiência profissional muito pouco vi, efetivamente, de investimento na comunicação interna das corporações. O assunto, por sua vez, é tema de cursos, artigos, discussões, teses e cases de sucesso ou insucesso. No entanto, a real importância dada na implantação de um canal de comunicação interno nas empresas, geralmente, é igual olhar o próprio umbigo e não vê-lo.

Nada é mais desagradável de que conhecer a empresa onde trabalhamos e seus passos pela mídia e não por um veículo interno. Nada mais desestimulante e antiquado do que reter informações e o empoderamento por meio delas!

Muitos profissionais acreditam que “saber o que rola nos bastidores” é uma forma de deter poder ou de se sentir diferenciado. Ledo engano! Não se esqueçam de que o meio mais eficiente dentro de uma empresa é o famoso “rádio peão”, que jamais perderá seu posto!

Mas por outro lado este veículo informal nem sempre transmite informações corretas ou verdadeiras, criando mais um “fofoca’s channel” do que qualquer outra coisa.

Como disse o rádio peão nunca deixará de existir, por isso a empresa deve se antecipar e criar um veículo que vá direto ao assunto sem rodeios e que dê seu recado. Hoje com a tecnologia a todo vapor, criar um newsletter eletrônico é tão comum quanto escrever um memorando, sem falar nos infinitos recursos visuais disponíveis. Portanto criar um veículo atraente para o público interno é mais simples do que se imagina.

De posse de informações relevantes, o House Organ – como também é conhecido – deve chegar para todos, do Presidente ao Porteiro, em uma linguagem simples e envolvente. De nada adianta termos técnicos, fórmulas matemáticas, gráficos complexos, se a maioria não compreender o sentido da mensagem e pior não saber o que fazer com ela.

Ter em mente objetivamente: o que precisa ser comunicado, o que se quer comunicar, como e o que se espera disto são perguntas básicas para a elaboração de um bom veículo de comunicação interno, sem as quais o risco de efetividade cai por terra.

Olhar o público interno com os olhos de um cliente também é uma ação estratégica que deve dar resultados. Não se esqueça de que o colaborador é uma pessoa que vive e transita no mundo exterior! As empresas comumente se esquecem disto. Assim, quando o profissional sai do trabalho o que ele deve levar para fora é o mesmo que circula dentro. Quantos casos conhecemos de informações que vazaram para a imprensa, por exemplo, por meio de “fontes”, as quais jamais foram reveladas?

Assim, a criação e coordenação deste veículo é uma tarefa multidisciplinar e compete ao núcleo de Comunicação Corporativa, Marketing, Recursos Humanos e Gestão, juntos elaborarem o conteúdo que realmente seja relevante para aquele momento.

A comunicação interna não é só necessária para alinhar informações, mas é importantíssima para gerar comprometimento entre colaboradores, criar uma imagem institucional única, valorizar o público interno e externo e principalmente construir a cultura e a identidade da organização.

Você ainda tem alguma dúvida de que ela e necessária?

Ditado popular: “Quem conta um conto aumenta um ponto”

 

Reflita:  “Sessenta por cento de todos os problemas administrativos resultam de ineficácia na comunicação” – Peter Ducker

Leia:

http://www.sebrae.com.br/setor/economia-criativa/gestao/Estrategia-de-mercado/116-30-a-importancia-da-comunicacao-interna-nas-empresas/BIA_11630

http://www.comunicacaocomfuncionario.com.br/2013/04/23/comunicacao-interna-reforca-vinculos-entre-profissionais-e-empresas/

Conheça:

http://www.abracom.org.br/arquivos/ComunicacaoInterna.pdf

http://www.aberje.com.br/

download

Vamos rir?

http://www.youtube.com/watch?v=SniI_9PW_UE – conseqüências de uma má comunicação interna!!!

Ouvir e Observar – ações básicas para um bom resultado

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download (1)Em pleno século XXI onde todas as grandes empresas buscam inovação, competitividade, criatividade, lucro e eficiência ainda deparam com erros clássicos no lançamento de produtos.

Milhares de produtos novos são lançados a cada ano no mundo todo e muitos deles não dão certo. Quando a empresa está preocupada com o tempo despendido, os investimentos, os custos de lançamento e distribuição fez corretamente a lição de casa?

Vejam o caso da P&G (artigo abaixo) que após uma primeira pesquisa não alcançou seus objetivos. Dezoito meses depois e muitos dólares perdidos é que conseguiu entender seu prospect!

Por vezes as regras básicas para lançamento de um novo produto como: qual o público alvo? (Região? Cultura? Classe social?) e outras informações ficam nebulosas entre, o afã de lançar um novo produto para um público ávido e que representa um mercado potencial enorme, a ouvi-lo e observá-lo de maneira correta.

A pesquisa aplicada no “meio” público-alvo tem a chance de ser desastrosa. Assim pesquisar um produto para homens indianos da classe C-D obviamente não terá resultados compatíveis com o homens indianos da classe A-B. Parece óbvio, mas muitas empresas cometem este erro comumente.

Lembro-me também do caso da multinacional que gastou milhões de dólares na criação de um equipamento de última geração de engenharia de produção, que a cada produto que não era compatível com os padrões de qualidade, a máquina parava para a retirada do mesmo. O problema da venda e reclamação dos clientes cessou, mas a produção tornou-se lenta e muito mais trabalhosa. A questão foi resolvida por trabalhadores internos, que ao observar que o produto vazio ficava leve, uma corrente de ar contínua seria suficiente para expelir o produto da esteira. Compraram ventiladores e com poucos reais o problema foi mais bem resolvido!

Onde se cruzam estas situações?

Não ouvir suspects, prospects, o cliente ( interno ou externo) e principalmente observá-lo é o maior erro que as empresas podem cometer. Perde-se tempo e dinheiro precioso em reuniões, pesquisas, testes, protótipos, quando a solução às vezes é simples ou deve ser de outra forma.

Quando deparam com a solução, as empresas se surpreendem com: o menos é mais! Basicamente o produto deve partir do pressuposto que deve atender as necessidades do cliente e satisfazê-lo. Ou seja, voltamos aos princípios básicos do marketing!

Podemos concluir que muitas empresas estão muito preocupadas em serem inovadoras, criativas, investir em pesquisas qualitativas e quantitaivas, mas não é mais suficiente, é necessário ir a campo, conhecer o consumidor, seus hábitos seus desejos ou necessidades e aí sim pensar nos produtos que poderiam encantá-lo!

De nada adianta ser à frente de seu tempo se não há passado para embasá-lo.

Se a empresa não atender essas exigências, a concorrência o fará. O que significa que a empresa precisa melhorar o seu desempenho em todas as áreas, trabalhando continuamente para aperfeiçoar o seu desempenho e a qualidade dos seus processos, produtos e serviços.

 

Para refletir: “Quando vemos um gigante, temos primeiro de examinar a posição do sol e observar para termos certeza de que não é a sombra de um pigmeu.” – Friedrich Novalis

 

Leia o artigo completo do Valor Econômico:

http://www.valor.com.br/empresas/3293544/como-pg-domina-o-mercado-da-india#ixzz2h2gzi0Th

Leia também:

http://www.papodeempreendedor.com.br/cultura-empreendedora/observar-o-consumidor-vale-mais-do-que-qualquer-pesquisa/

http://blogs.hbr.org/

http://blog.kanitz.com.br/observar/

Publicidade Ética – um dia conseguiremos?

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imageprof5Abordando um tema mais complexo e polêmico, gostaria de dividir com vocês, caros leitores, a minha preocupação (ou seria pós-ocupação?) com relação aos caminhos da publicidade.

Quem trabalha nesta área sabe que o Código de Ética dos Profissionais da Propaganda datada de 1957, define os princípios éticos que devem nortear a publicidade. Assim há quase 70 anos, estes profissionais já pensavam no tema com alguma relevância. Mas decorrido este tempo e o incremento da publicidade como poderosa ferramenta de comunicação, realmente enxergamos alguma evolução?

Vejo que caminhamos mais para a criação de órgãos regulamentadores e leis para restringir as ações publicitárias do que prevalecerem conceitos éticos. Somado a isto está uma sociedade mais ativa e intolerante aos pré-conceitos.

O que quero dizer com isto?

Que estamos incentivando a criação de leis em detrimento do bom senso, do olhar crítico, das pesquisas e do respeito.

Quando aceitamos ou achamos engraçada uma propaganda que diminui gêneros, raças, faixa etária, opção sexual, condição familiar ou social estamos sendo éticos?

A mensagem publicitária utiliza de todos os artifícios para convencer o consumidor e, ao convencê-lo sobre o produto ou serviço, acaba por convencê-lo também dos demais elementos da mensagem.

Assim, achar que um pequeno desvio não faz mal é apenas o começo. Daí em diante é um poço sem fundo. Individualmente, decidir o que é ou o que não é correto e escolher o que lhe convém e quando, é uma opção onde os ônus serão cobrados por todos.

Desta forma, sob a aura mágica de determinados produtos, esconde-se uma série de ações nada éticas na publicidade. Há vários comerciais na mídia televisiva, impressa e digital que demonstram claramente isto, camuflados em um pré-conceito cultural. É só prestar atenção!

Publicidade ética, a meu ver, não é aquela que só desestimula preconceitos, mas é aquela que também respeita a concorrência, os clientes, a natureza, a sociedade, a empresa e seus valores.

Se conseguirmos evoluir e entender que os preconceitos não fazem uma boa propaganda, todos sairão ganhando: profissionais e consumidores, e os negócios muito mais respeito.

Reflita: “”…o que nós adotamos neste mundo moderno é uma espécie de relativismo ético. (…) E desde que todo mundo esteja fazendo isto, isto deve ser o certo. Uma espécie de interpretação numérica do que é o certo.” – Martin Luther King

Conheça:

http://www.cenp.com.br/PDF/Legislacao/Codigo_de_etica_dos_proffisionais_da_propaganda.pdf

http://www.conar.org.br/

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed675_o_perigo_da_demasiada_humanizacao_da_marca –  ótimo texto sobre humanização das propagandas

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-verdadeiro-crime-da-propaganda-racista-da-cerveja-devassa/

http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/etica-nos-negocios-ter-ou-nao-ter/73394/

http://www.inspiringvideocasts.com/videocast-13-afinal-o-que-e-marketing/

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Veja algumas propagandas bacanas:

http://www.youtube.com/watch?v=lYm15V0PG0A

http://www.youtube.com/watch?v=pfs2d1Nh4bM

http://www.youtube.com/watch?v=KFBKSLH3ZaM

http://www.youtube.com/watch?v=nIsICAzU06A