Arquivo mensal: março 2019

A revolução que não é artificial

Padrão

crowded-place-1565462-1599x1066A era digital que transformou muita coisa na nossa vida não deve ser por si só a solução e o caminho para tudo. Máquina e gente deverão se integrar e a frente de tudo deverá ter GENTE. Gente de verdade, com valores e uma visão humana de mundo, que leve em consideração os anseios da sociedade e não mais apenas a tecnologia e seus cifrões.

Na ponta do iceberg estão as questões ligadas às plataformas tecnológicas que são invasivas e descomedidas quanto à privacidade de dados. Mas isso é só uma pequena parte. Talvez possamos afirmar, que o desenvolvimento da Inteligência Artificial aposta na máquina não importando as pessoas.

O avanço da computação cognitiva, essa que interage de forma cada vez mais “humana” e com interfaces cada vez mais amigáveis — aqueles robôs simpáticos emitindo sorrisos amistosos ou assistentes de voz prestativas, estarão cada vez mais presentes dentro das nossas casas.

Por outro lado a revolução digital 6.0, já em andamento, é a que será, de fato, radicalmente transformadora. Será ela que servirá de suporte e dará sentido a todo e qualquer avanço tecnológico futuro, seja onde e em que área do conhecimento for. Essa é uma evolução em camadas profundas da revolução digital e tem de ser controlada por nós, de carne e osso, e que não será nada fácil diga-se de passagem.

Este movimento pode ser observado, por exemplo, quando o Congresso norte-americano começa a se preocupar com invasões indesejadas a cidadãos por empresas dominantes de tecnologia que ignoram a ética, demonstrando um descontentamento pela tecnologia desgovernada.

Daqui para frente todo projeto tecnológico global, principalmente os fundamentados em Inteligência Artificial e nos avanços da tecnologia cognitiva, precisam ser orientados pelos valores humanos.

Essa é a revolução em curso, a que o humano sobrepõe o tecnológico. Essa nova evolução recoloca o humano no centro das prioridades com um protagonismo que as mais avançadas empresas de tecnologia do mundo têm deixado de lado.

Par que isto aconteça, nós devemos impor limites, soltar aos 7 ventos o que não nos agrada e principalmente definir quanto de espaço permitiremos que a tecnologia participe da nossa vida.

imagem: https://pt.freeimages.com/photo/crowded-place-1565462