Arquivo mensal: abril 2014

A embalagem faz diferença?

Padrão

ID-10077828 Conforme estudos recentes, o corpo interpreta pensamento abstrato de forma literal. Sem entrar no escopo da pesquisa, mas traduzindo em miúdos, o estudo publicado em janeiro de 2010 no jornal “Psychological Science”, faz parte de um campo imensamente popular e em crescimento chamado cognição incorporada. A ideia de que o cérebro não é a única parte do nosso corpo com mente própria, foi uma conclusão baseada em vários experimentos. Isto quer dizer que não apenas o cérebro processa informação, mas o corpo todo (fonte Folha de São Paulo).

Desta forma, muitas reações são explicadas por meio dos processos psicológicos os quais vivenciamos?  Na opinião do psicólogo e autor do livro “Homens invisíveis” (Editora Globo), Fernando Braga da Costa, a resposta é sim: “Tudo o que é intelectual é guiado também pelo nosso equilíbrio emocional. Além disso, o que controla nossas vias neurológicas está relacionado com nossas emoções, cuja construção passa pelos relacionamentos e a concepção de valores sociais”.

Da mesma maneira que uma vestimenta representa determinadas características pessoais e comportamentais e dão resultados diferentes conforme a situação, a embalagem representa para os produtos a busca por resultados positivos.

A embalagem e o rótulo revelam o preciosismo das empresas com seus produtos, zelo com os consumidores e também possibilita a diferenciação entre os concorrentes, seja na comunicação ou na expressão de identidade e valor.

Assim, a estética e o poder de comunicação são necessários para a organização na gôndola, transporte, diferenciação visual e tátil, e também na ergonomia e na sustentabilidade.

Mas quando falamos de design, estamos falando de experiência emocional. Assim, as embalagens, não só dos produtos destinados ao varejo, mas as que embalam as compras como sacolas, caixas, sacos, papeis e tantos outros recursos são tão importantes quanto as primeiras, pois criam uma sintonia com o consumidor e sua relação com a marca.

Preocupar-se com embalagens e rótulos, bem como seus designs, devem ser interpretados com um investimento primordial ao sucesso de uma marca e de um produto, pois é parte integrante na hora da decisão da compra e deve comunicar valores e diferenciais.

Você já reparou que ao adquirir um produto e ao recebê-lo numa maravilhosa embalagem ele se torna muito mais atraente e você se sente muito mais satisfeito? Então……é isso!

 

Leia também:

http://www.abre.org.br/comitesdetrabalho/design/valor-do-design/

http://lounge.obviousmag.org/advibe/2014/02/embalagens-criativas.html

http://www.criatives.com.br/2014/01/28-embalagens-criativas-para-sua-inspiracao/

http://www.hypeness.com.br/2014/02/veja-o-que-uma-embalagem-criativa-pode-fazer-por-um-produto-comum/

http://www.midiapublicitaria.com/20-embalagens-criativas-com-sacadas-inovadoras/

 

Image courtesy of fotographic1980 / FreeDigitalPhotos.net

O Coelho dos ovos de ouro

Padrão

ID-10032884Estamos quase na Páscoa e o assunto recorrente são os preços dos ovos de chocolate no mercado.

Indignações dos internautas foram largamente viralizadas quando compararam o preço de um ovo de páscoa a uma barra de chocolate do mesmo produto e fabricante, chegando à conclusão de uma diferença de mais de 10 vezes o custo final.

Então vamos refletir: o que justifica esta diferença? O que faz parte do composto do produto? Quais são as empresas vendedoras? O que as empresas estão oferecendo ao consumidor?

Sim, por se tratar de um produto sazonal, ele custará mais caro. Há além da matéria prima, cujo valor de mercado é internacional, questões ligadas ao transporte e ao armazenamento refrigerado, além do custo com embalagens diferenciadas e por vezes brindes adicionados aos ovos buscando atender ao público infantil. Está claramente explicado.

Mas então por que os ovos de Páscoa tem perdido espaço nas gôndolas dos supermercados ano após ano? Enquanto o preço do produto sobe as vendas caem, parece óbvio. Mas o fato não é apenas a atitude do consumidor, é também dos varejistas. Os produtos encarecem a cada ano cerca de 10 a 15%, e um dia após a Páscoa, o que sobra nos supermercados é um grande elefante branco. Parece também lógico que as grandes redes de supermercado prefiram adquirir produtos similares, mas não sazonais, como caixas de bombom e barras, por exemplo, que vendem o ano todo. Além disso, o consumidor também está mudando seus hábitos e procurando alternativas para suprir sua demanda, que não são apenas os tradicionais ovos de Páscoa, seja pelo alto custo ou pela oferta crescente de novas opções.

Associado a isto, por um lado, as novas indústrias de chocolate brasileiras, estão abocanhando uma fatia importante neste mercado concorrido das datas comemorativas, e nas demais também, como a rede Cacau Show, por exemplo, que vem crescendo exponencialmente com a venda de seus produtos de muito boa qualidade e com preços bastante acessíveis. Por outro lado empresas conhecidas por produtos premium, também investiram em marcas mais populares e lançaram rede própria com este apelo. É o caso da Kopenhagen e a sua marca Cacau Brasil. São concorrentes de peso para os supermercados e para os tradicionais grandes fabricantes de chocolate.

Para completar este quadro, estão as marcas próprias das grandes redes de varejo, que entraram para disputar seu espaço, criando novas linhas e licenciando produtos para o público infantil. Além disso, estão usando uma fórmula infalível, a do parcelamento da compra a perder de vista, possibilitando o consumidor da classe C/D adquirir produtos tão sonhados, principalmente pelas crianças.

A oferta de novos produtos aumenta cada vez mais.

Quando se trata de chocolate, no entanto, o consumo tem aumentado anualmente e a busca por melhores produtos também. Se não fosse assim não haveriam chocolaterias diferenciadas e artesanais, e o interesse de empresas internacionais no mercado brasileiro, como a marca suíça Lindt por exemplo. O que nos faz concluir que o já conhecido jargão que o mercado brasileiro tem demanda reprimida é uma realidade, não só para os produtos básicos, mas também para os considerados “elitizados” e caros.

Assim, como consumidores devemos observar e ter bom senso na hora de adquirir produtos, colocar na balança o custo x benefício e optar por aquele que nos atenda, da melhor forma possível, não esquecendo que deixar de comprar ainda é uma opção, em alguns casos deve se tornar um hábito.

Também não podemos nos esquecer de que para datas como a Páscoa, há inúmeras microempresas no mercado tentando sobreviver e que usam a matéria prima dos grandes fabricantes de chocolate para elaborar seus produtos, porém com custos bem menores, e  Instituições com projetos sociais maravilhosos que usam a venda do chocolate como chamariz para arrecadação de fundos, que cá entre nós estão bem mais atrelados ao mote da Páscoa do que a maioria por aí.

Opções existem! Melhor esgotá-las!

Esta briga é das boas e deve ainda durar muito tempo…. só espero que o ganhador seja sempre o  consumidor!

Vamos acompanhar…….enquanto isto Feliz Páscoa!

Leia também:

http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2014/04/nestle-explica-por-que-ovo-de-pascoa-e-mais-caro-que-barra-de-chocolate.html

http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2014/02/ovo-de-pascoa-perde-espaco-na-gondola-de-supermercados.html

http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Resultados/noticia/2012/03/quer-economizar-na-pascoa-troque-os-ovos-por-bombons-e-chocolate-em-barra.html

http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2013/10/classe-c-abre-os-olhos-para-o-chocolate-premium.html

http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2014/03/lindt-faz-alianca-com-dona-da-kopenhagen-e-tera-lojas-no-brasil.html

 

Conheça:

http://www.abicab.org.br

http://www.ergobaby.me.uk/getad.html?id=2119

http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI301083-17180,00-ARTISTAS+JAPONESES+PRODUZEM+IMAGENS+SURREAIS+COM+CHOCOLATE.html

http://www.centrosocialsaojose.com.br/chocolataria.htm

 

Image courtesy of scottchan / FreeDigitalPhotos.net

Image courtesy of Jeroen van Oostrom / FreeDigitalPhotos.net

Comunicação Integrada desafio à vista!

Padrão

ID-10050904Considerando que anteriormente as mídias tradicionais eram de mão única, ou seja, comunicavam de forma não interativa, a comunicação com o consumidor evoluiu com o advento da internet. A comunicação passou a ser 360 graus, ou seja, um círculo virtuoso.

Esta mudança, não é apenas na questão teórica da comunicação: a do locutor com o receptor vai além, são a troca de impressões, culturas, interesses, experiências e a velocidade em que elas ocorrem.

Juntou-se a este quadro a implantação de leis que vieram para contribuir na relação empresas e consumidores. As empresas não estão mais sozinhas, não é mais possível vender sem considerar interlocutores no processo! Há um novo canal de comunicação, sem volta!

Hoje, mais do que nunca, todas as possibilidades na internet estão sendo usadas pelas empresas, seja pelo menor custo, seja porque atingem inúmeros consumidores, viralizam ou porque são rápidas e eficientes.

Não é preciso pesquisas para afirmar que a net é um grande veículo, para o bem ou para o mal. O que é necessário por parte das empresas é encarar que a comunicação não é mais a mesma e ao fazê-la deve avaliar todos os recursos para atingir seu público-alvo.

TV, rádio e jornais podem ser mais efetivos que a internet em determinadas localidades, bem como cartazes ou carros de som, muito populares no interior. O que se deve levar em consideração é que não é mais possível pensar na comunicação sem ser de forma integrada.

Assim, a empresa baseada em uma estratégia de comunicação, deve lançar mão de todas as mídias. Esta ação deve ser encarada como um processo, com o objetivo de criar valor à marca e se relacionar profundamente com o cliente.

A partir deste momento a comunicação empresarial passa a ser vista como sistêmica, ou seja, é uma via de mão dupla, vem de fora para dentro e de dentro para fora, considerando o cliente como o centro dos negócios.

Vale lembrar que a comunicação é uma necessidade inerente de qualquer ser humano. No momento que duas pessoas ou mais se encontram a comunicação passa a ser vital para a convivência deste grupo social. Quanto mais organizada for a sociedade mais complexo serão seus sistemas de comunicação e mais complexa a compreensão.

Conclusão, as empresas deverão se esforçar para que a comunicação, além de completa, atinja seu público-alvo de maneira eficiente e eficaz, mas acima de tudo orbite o seu cliente.

Há muito trabalho pela frente…..

 

Reflita:  “Qualquer que seja sua estratégia, qualquer quer seja seu negócio, comece de trás para frente. Comece pelo consumidor.” – Ram Charam

Veja também:

http://donosdamidia.com.br/inicial – interessante site sobre mídia no Brasil

Image courtesy of digitalart / FreeDigitalPhotos.net