Arquivo mensal: abril 2020

A pandemia dos negócios

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Continuando no assunto da quarentena e seus desdobramentos, vamos para a segunda etapa que se aproxima.

Na verdade a primeira etapa foi no supetão, nenhuma empresa estava preparada 100% para lidar com uma mudança radical na forma de fazer negócios, principalmente o comércio, com exceção daquelas que já trabalhavam com o e-commerce.

Como era de interesse imediato, rapidamente correram para acertar arestas e introduzir formas de continuar sobrevivendo, principalmente as áreas de alimentação, moda, beleza, entre outras que já trabalhavam com aplicativos ou se associaram a eles. No entanto para uma grande maioria não foi possível mesmo com certas facilidades, como a área de turismo, companhias aéreas e terrestres, hotéis, clubes, casas de show, bufês, spas, cabeleireiros, pequenos negócios, informais, entre muitos outros serviços.

Nesta corrida, tanto proprietários como clientes se adequaram e na necessidade conseguiram de certa forma ofertar e consumir produtos e alguns serviços, porque houve interesse de ambas as partes.

O ponto nevrálgico está na comunicação. Muitos procuraram comunicar suas ações e como funcionariam no momento da quarentena, foi muito mais uma questão de sobrevivência, reforço.

Agora que estamos indo para a segunda etapa, a da abertura gradual dos serviços e do comércio, a maioria das empresas está se esquecendo, de novo, do seu consumidor e principalmente de seu cliente.

No início as empresas atualizaram suas redes sociais, de forma capenga. A ação se deu pela procura e não pela oferta, na sua grande maioria.

Agora a comunicação do funcionamento dos negócios – que dias da semana, horários, precauções e como será a frequência dos clientes nas lojas físicas estão em Nárnia.  As redes sociais não foram atualizadas, e o pior, às vezes apenas um dos canais contém informações, por vezes incompletas, ou seja, um verdadeiro absurdo.

É muita primariedade na gestão e falando mesmo de empresas pequenas, não é aceitável, compreensível e justificável uma administração como esta em pleno 2020!  O básico continua sendo mal feito!

Parece que a pandemia fez com que um certo vírus reaparecesse também nas entranhas dos negócios ou seria a pandemia da falta de inteligência e competência profissional?

Vida que segue…..

Imagem de Wokandapix por Pixabay

Em tempos de quarentena…

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Há quase 2 meses estamos confinados em casa ou com limitações de acesso a locais e serviços.

Claro que as recomendações têm fundamento e diante de um novo vírus com consequências desconhecidas, mais fácil, simples e indolor é nos recolhermos em casa.

Diante de tal cenário muitas empresas, pequenos negócios, autônomos estão sofrendo as consequências desta quarentena.

Não está claro o quanto isto é uma bola de neve, o quanto os pequenos serão pressionados pelos grandes e o quanto estas pequenas empresas podem não se reerguer após esta pandemia.

No entanto, se compreendo por um lado o chamado pela sobrevivência, por outro me assusta empresas usando de telemarketing, e-mail e outros métodos para chegarem aos supostos clientes, sem um mínimo de critério ou análise do momento que estamos passando.

Refiro-me, por exemplo, a bancos ofertando uma “ajuda”, corretores de plano de saúde nos perseguindo, lojas de departamento anunciando suas novas coleções, venda de imóveis, grandes redes de supermercados com preços iguais ou maiores praticados antes da crise até ligações de funerária tentando vender sua “tranquilidade”. Um verdadeiro assédio.

Onde está a sensibilidade e a inteligência destas empresas/pessoas ao tentar vender seus produtos assim, em tempos de crise?

Falta estratégia, sensibilidade, compreensão e a oportunidade de enxergar novas formas de fazer negócios, melhores que antes, mais produtivas, agregadoras e que geram afinidade e fidelidade dos seus clientes e/ou prospects. Falta pensar!

Por outro lado, há inúmeros pequenos empreendedores que estão costurando com suas próprias mãos máscaras e outros insumos; agitando campanhas de doação; movimentando de coração um mercado parado e cheio de dependentes; desenvolvendo produtos para a área de saúde mais baratos e disponibilizando seus modelos sem registro de marca ou de propriedade, cedendo seus espaços de trabalho, escritórios e fábricas para a produção em maior escala; uma infinidade de negócios e serviços, grandes e pequenos, realmente prestando um serviço de solidariedade e ajuda real.

Qual deles obterá melhores resultados ou será mais bem lembrado após a crise? Nós saberemos!

Imagem de StockSnap por Pixabay