Não só de pandemia vive 2020, o ano foi também da infodemia.
Quem depara com este termo, logo pensa: e ainda tem mais? Infelizmente sim. Este termo, classificado pela OMS, deriva da superabundância de informações que dificultam as pessoas a encontrarem orientação e fontes confiáveis quando precisam. A pandemia agravou, e muito, o número de informações digitais desencontradas e falsas no âmbito da doença/saúde pública, fazendo com que tomassem proporções astronômicas, daí o uso da terminologia.
Vejam alguns dados (*):
Somos incessantemente bombardeados com informações, do momento que acordamos até a hora que vamos dormir, e isto não é de hoje. O resultado: confundimos a relevância das informações e prejudicamos a nossa capacidade de tomar decisões.
E que efeitos sofrem as empresas?
Para as empresas esse cenário inédito, também tem levado à falta de credibilidade e prejudicado a tomada de decisão por parte do consumidor.
A pandemia trouxe a tona a vulnerabilidade da sociedade, não apenas das pessoas, mas também de negócios, empresas e marcas. Naturalmente, em meio a uma crise com consequências financeiras para grande parte da população, surgem novas formas de consumir, novos produtos para testar e assim, novos hábitos surgem e, certamente, muitos serão levados para o pós-pandemia. Estes novos hábitos devem ser observados pelas empresas, por todas sem exceção.
Como já mencionei em artigo anterior (https://comunicaeblog.wordpress.com/2020/07/24/sera-mesmo-um-novo-normal/) uma marca empática, que demonstre em suas ações que entende o momento difícil do consumidor, pode gerar um longo e duradouro relacionamento.
Optar por fontes idôneas, expor a marca em canais confiáveis, manter a positividade e humanizar a comunicação são caminhos seguros.
Não posso deixar de reforçar a importância de conhecer o cliente, adotar tecnologias para aprimorar este relacionamento trás a possibilidade da marca ser protagonista na vida das pessoas. Certamente será muito trabalhoso, mas haverá recompensas!
A infodemia certamente não será suprimida de forma eficiente e rápida, suas consequências para a saúde emocional das pessoas ainda não foram totalmente descobertas, mas é viável que empresas mantenham um posicionamento coerente, tomem atitudes empáticas e contribuam para a comunidade como um todo.
O retorno para as empresas pode não ser só em números, mas também no fortalecimento da relação verdadeira com as pessoas, trazendo confiança e estima pela marca, que perdurará mesmo após a pandemia.
Imagem: Canva by Poranga Miranda
https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52054/Factsheet-Infodemic_por.pdf?sequence=14/