No artigo anterior abordei o tema Branded Content/Conteúdo de marca e como vem se comportando como estratégia de marketing. Apesar de ainda estar em acerto de rota é uma tendência que se fortalece principalmente considerando os Millenniuns, que por serem analógicos não querem perder tempo e não querem ser “invadidos” por propagandas tradicionais, querem escolher o que ver e quando. Público fortemente atrelado à internet e o que dela nasce é seletivo e impaciente, mas também aderente e propagador quando se identifica com uma persona ou marca.
Assim o Branded Content tende não só a crescer, mas também ser melhorado com o Branded Publishing – Comunicação de marca – estratégia mais nova e mais moderna do que a anterior. Apesar do pouco tempo em ação efetiva, principalmente aqui no Brasil, estas estratégias estão tomando corpo e forma.
Cientes de que ninguém gosta de ser interrompido quando está consumindo conteúdo de seu interesse, os profissionais de comunicação há tempos buscam alternativas para conectar as marcas ao público sem que se mostrem invasivas. Como consequência vivemos a transição do marketing de interrupção para o marketing de permissão.
Mas qual a diferença?
No Branded Publishing as marcas criam as suas próprias audiências e se transformam no próprio veículo de comunicação. Nessa plataforma de comunicação, geralmente sites, redes sociais ou canais no YouTube, a marca fala mais do que apenas do seu produto ou serviço, ela abrange todo o segmento em que atua.
A principal vantagem dessa estratégia é criar relevância para as marcas no meio digital através da produção de conteúdo relacionado aos interesses e paixões do público alvo. Ao construir sua própria audiência, a marca consegue ter maior assertividade no conteúdo produzido e atingir o público interessado naquele assunto.
Enquanto o objetivo do marketing de conteúdo é aumentar a demanda por um produto ou serviço através da criação e distribuição de conteúdo altamente informativo, o objetivo da comunicação de marca é criar ou organizar histórias que comuniquem a personalidade da marca. Por vezes parecem similares, se confundem e se complementam.
Exemplos desta estratégia podem se vistas na Brahma (com o sertanejo), na Natura ( mulher brasileira ), no Itaú ( com os cases das bicicletas) a mais recente da Smart Fit ( história do maratonista). Ela estabelece, entre outras coisas, como objetivo a geração de audiência genuína de maneira constante e residual.
As empresas que querem entrar nesta seara devem encontrar uma abordagem diferenciada e que gere valor ao consumidor, pensando nas afinidades com seu público-alvo. Devem entretanto ser constantes como as propagandas tradicionais, caso contrário podem ser esquecidas da mesma forma.Trabalho para gente grande!
Leia também:
https://www.powerpost.digital/insights/brand-publishing-versus-content-marketing/
http://www.atvnaweb.com.br/index.php/videos/branded-content-ou-branded-publishing/