Arquivo mensal: agosto 2018

E o Branded Publishing?

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antique-author-beverage-958164No artigo anterior abordei o tema Branded Content/Conteúdo de marca e como vem se comportando como estratégia de marketing. Apesar de ainda estar em acerto de rota é uma tendência que se fortalece principalmente considerando os Millenniuns, que por serem analógicos não querem perder tempo e não querem ser “invadidos” por propagandas tradicionais, querem escolher o que ver e quando. Público fortemente atrelado à internet e o que dela nasce é seletivo e impaciente, mas também aderente e propagador quando se identifica com uma persona ou marca.

Assim o Branded Content tende não só a crescer, mas também ser melhorado com o Branded Publishing – Comunicação de marca – estratégia mais nova e mais moderna do que a anterior. Apesar do pouco tempo em ação efetiva, principalmente aqui no Brasil, estas estratégias estão tomando corpo e forma.

Cientes de que ninguém gosta de ser interrompido quando está consumindo conteúdo de seu interesse, os profissionais de comunicação há tempos buscam alternativas para conectar as marcas ao público sem que se mostrem invasivas. Como consequência vivemos a transição do marketing de interrupção para o marketing de permissão.

Mas qual a diferença?

No Branded Publishing as marcas criam as suas próprias audiências e se transformam no próprio veículo de comunicação. Nessa plataforma de comunicação, geralmente sites, redes sociais ou canais no YouTube, a marca fala mais do que apenas do seu produto ou serviço, ela abrange todo o segmento em que atua.

A principal vantagem dessa estratégia é criar relevância para as marcas no meio digital através da produção de conteúdo relacionado aos interesses e paixões do público alvo. Ao construir sua própria audiência, a marca consegue ter maior assertividade no conteúdo produzido e atingir o público interessado naquele assunto.

Enquanto o objetivo do marketing de conteúdo é aumentar a demanda por um produto ou serviço através da criação e distribuição de conteúdo altamente informativo, o objetivo da comunicação de marca é criar ou organizar histórias que comuniquem a personalidade da marca. Por vezes parecem similares, se confundem e se complementam.

Exemplos desta estratégia podem se vistas na Brahma (com o sertanejo), na Natura ( mulher brasileira ), no Itaú ( com os cases das bicicletas)  a mais recente da Smart Fit ( história do maratonista). Ela estabelece, entre outras coisas, como objetivo a geração de audiência genuína de maneira constante e residual.

As empresas que querem entrar nesta seara devem encontrar uma abordagem diferenciada e que gere valor ao consumidor, pensando nas afinidades com seu público-alvo. Devem entretanto ser constantes como as propagandas tradicionais, caso contrário podem ser esquecidas da mesma forma.Trabalho para gente grande!

Leia também:

http://adnews.com.br/adcontent/branded-content/como-busca-por-autenticidade-norteia-o-branded-publishing-da-vice.html

https://www.powerpost.digital/insights/brand-publishing-versus-content-marketing/

http://www.atvnaweb.com.br/index.php/videos/branded-content-ou-branded-publishing/

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Branded Content o que é ?

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barcode-boutique-brand-1243362Relativamente nova esta estratégia de marketing tem como objetivo transmitir a mensagem de uma marca aos consumidores.

Para começar a entender o que é branded content ou conteúdo de marca, é importante diferenciá-lo do marketing de conteúdo e da propaganda.

O marketing de conteúdo engloba toda estratégia de ações baseadas nos conteúdos informativos, educacionais e interativos. Seus principais objetivos são: criar relacionamento, autoridade, atrair leads e em alguns casos levar conhecimento. Trabalhar a marca pode ser um dos objetivos, mas não é o único. O marketing de conteúdo busca exercer uma influência direta para aumentar as vendas.

Já a propaganda é uma estratégia de persuasão realizada em um meio de comunicação com o objetivo de promover um produto ou serviço.

O conteúdo de marca, entretanto, chega com propósito diferente, engajar o consumidor por meio de outros canais de comunicação que não sejam o da marca. É uma estratégia muito flexível e adaptável, pois envolve publicidade, informação e entretenimento, utilizando vários canais e formatos e, a partir daí, criar ou reforçar um posicionamento, contribuindo com a divulgação e credibilidade da marca.

A base da estratégia é: criar uma história com a qual seu público se identifique; mexer com suas emoções de maneira profunda; marcar de forma que se lembre de seu conteúdo por longo tempo.

Seus modelos de campanhas são similares aos que são usados na publicidade tradicional. Seus conteúdos são elaborados para fazer sentido dentro de um contexto pontual e volátil. O marketing de conteúdo, por sua vez vai à direção oposta: ele só funciona quando é feito de maneira contínua, regular e consistente, visando resultados imediatos e de longo prazo.

Não há receita para um conteúdo de marca de sucesso, mas alguns elementos como a surpresa, a relevância, a identificação com o consumidor são fundamentais. A partir daí a interatividade espontânea pode trazer excelentes resultados em divulgação da marca.

Vejam estes 2 exemplos para compreender a diferença na prática, de forma simples:

Na visão do marketing, as duas estratégias são complementares.

Toda empresa pode e deve, se tiver estrutura, utilizar as duas. Desta forma, vai alcançar o máximo de reconhecimento e, simultaneamente, melhores resultados em vendas.

Resultando bem, que mal tem?

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FAKE ou FATO

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app-browser-coffee-6335Não é só o momento político brasileiro que atiça as redes sociais e as notícias falsas, tendenciosas ou manipuladas gerando interesse na maioria dos canais de comunicação. O momento político traz um “algo” a mais, um interesse muitas vezes escuso de que verdades não venham à tona e que candidatos tenham poucas chances de elegibilidade. Na atual conjuntura onde se lê menos, onde as notícias são curtas e efêmeras, onde não se checa a veracidade das informações na maioria das vezes, toda e qualquer notícia é “perigosa”, para o bem e para o mal.

Recentemente tivemos o caso de queda de páginas e perfis pelo Facebook. A maioria delas é de composição de direita ou extrema direita e mesmo que se comprove alguma atitude incorreta, não são apenas estes que o fazem, basta abrir o Facebook e ler as publicações dos opostos, da esquerda e extrema esquerda.  No entanto se a mídia social tem e deve ter suas próprias regras e você concorda com os termos, por outro lado a sua exclusão exige clareza e transparência.

Mas não é só de política que se faz o verão, não vamos esquecer as notícias ligadas à febre amarela, vacina de sarampo, exames gratuitos, likes que dão dinheiro para necessitados, monstros descobertos na natureza, greves, vida de artistas e celebridades, Copa do Mundo, maus tratos a bebês e idosos, promoções, fatalidades, concursos e uma infinidade de outras que beiram a quantidade das reais, isto sem contar aquelas cuja interpretação é equivocada ou errônea.

Deparar com estas notícias ou posts e acreditar em tudo que se lê é como acreditar em papai noel, fada e coelho da páscoa.  Não são só de notícias falsas que as mídias sociais vivem cheias, são de opiniões sem fundamento teórico ou de no mínimo conhecimento básico.

Prejudicial a todos, as notícias falsas criadas pela ignorância e má fé fazem mal a grande maioria que não busca informação fidedigna ou a fonte e não checa a veracidade ou a correta informação.

Inegável que as mídias sociais abriram um campo enorme de comunicação, de velocidade e informação, mas também nefasta. Isto é relevante tanto para pessoas físicas como jurídicas. Engana-se quem não acredita o quanto se pode prejudicar pessoas e empresas. E isto é só uma pequena fatia, o bolo é enorme e repleto de propagadores, hackers, empresas que faturam ou tem interesses em produzir conteúdos falsos.

O mínimo que devemos fazer é checar as informações antes de replicá-las ( existem sites especializados é só consultar). Opiniões sobre políticos, casos quaisquer, celebridades que casam e descasam, alimentos feitos de papelão ou plástico não costumam matar ninguém, mas quando se trata de vacinas, aleitamento materno, saúde pública, violência, intolerância religiosa, cultural , de gênero ou opção sexual,  entre outras o pior sempre é possível de acontecer.

Assista este caso real e conclua você mesmo: https://www.ted.com/talks/stephanie_busari_how_fake_news_does_real_harm

Todo cuidado é pouco. Todos somos responsáveis.

Leia e conheça:

http://granostudio.com.br/contra-o-fake-news-tres-agencias-que-voce-precisa-conhecer/

https://www.terra.com.br/noticias/dino/fake-news-na-visao-dos-brasileiros-e-tema-de-pesquisa-inedita-que-revela-que-sua-proliferacao-nao-se-trata-de-um-ato-intencional,aceb3440f020e8ea7735d40906fa9c51217mt3v3.html

https://epoca.globo.com/brasil/noticia/2018/04/publicidade-e-cortina-de-fumaca-para-verdadeira-raiz-do-lucro-dos-sites-de-fake-news-diz-especialista.html

https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2018/04/qual-o-tamanho-real-do-estrago-que-fake-news-em-escala-mundial-podem-causar.html

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44686833

https://www.ted.com/talks/christiane_amanpour_how_to_seek_truth_in_the_era_of_fake_news

http://www.boatos.org/

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