Apesar de não ser um assunto específico da área de marketing, sim ele faz parte da relação empresas x pessoas.
Seja se referindo ao público interno ou externo, considerar e respeitar as pessoas que trabalham na empresa ou são consumidores dela é fundamental e indiscutível.
Com tantas formas de comunicação rápidas e em real time a coisa pode ficar bem pior do que se imagina.
Independe de uma empresa ter ou não Manual de Conduta, acima disto está o respeito. Tratar os outros como você gostaria de ser trato é uma premissa de qualquer relação humana, negócio ou não.
Não sei se é impressão minha, mas vejo cada vez mais pessoas impacientes, grosseiras, mal educadas. Gritar, xingar, fazer cara feia é quase que lugar comum em qualquer estabelecimento, via pública, transporte, serviço. Isso corrobora com as pesquisas.
A cada dia o número de casos de processos por assédio moral ou sexual nas empresas aumenta. Tratar mal colaboradores, denegri-los, depreciá-los, intimidá-los na frente ou não de outros colegas é simplesmente inaceitável.
Tempos modernos? Por um lado sim, hoje tanto com a evolução da relação entre empregadores e empregados no quesito leis como no desenvolvimento de programas de endomarketing e reconhecimento do contingente humano como principal recurso para o crescimento das empresas, a relação mudou.
Talvez por isto mesmo os maus tratos não fiquem mais camuflados ou esquecidos.
Quando uma empresa sofre algum processo por assédio, deve sim responder por isto, mesmo que o estopim de tudo não seja o “chefe”, mas um colega de trabalho ou de um profissional que representa a empresa. A cultura organizacional deve ser imposta do P ao P, todos devem seguir os seus preceitos, além do respeito e da consideração. Isto vale para com o colaborador tanto quanto para com o consumidor!
Agir rapidamente e drasticamente é sim uma atitude esperada e coesa. Não se deve dar tempo para que o ocorrido tome corpo e se espalhe como um cancro pelo ambiente de trabalho.
Além disso, qual empresa poderá esperar respeito de seus colaboradores se ela mesma não a pratica? Dar o exemplo neste caso é fundamental e extremamente necessário, mas nem assim pode-se garantir que poderá ficar isenta de ter seu nome manchado por isto.
Fica claro que não são só questões legais que mais influenciam neste caso e sim a opinião pública. Como a boa e velha fórmula do marketing afirma cada pessoa que fala mal de uma empresa deve-se multiplicar por no mínimo 10, daí talvez a empresa não consiga mais enxergar a luz no fim do túnel. Hoje multiplicaria por mil em decorrência do alcance das redes sociais. O estrago é grande.
E vamos deixar bem claro, isto ocorre em todas as esferas, seja de superior para subordinado, seja entre colegas de trabalho, seja de colaborador para cliente! Difícil determinar qual a pior situação, mas fácil afirmar que as empresas devem estar atentas aos passos de seus colaboradores e preparadas para reagir às suas falhas.
Ninguém está a salvo de sofrer assédio. Portanto conhecer as leis e se proteger são o primeiro caminho. Procurar seus direitos vem logo em seguida. Não deixar impune quem pratica, seja quem for é parte integrante do processo de mea máxima culpa.
Lei também:
http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/6-casos-de-motivacao-que-viraram-assedio-moral
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/assediomoral2.htm
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