Em primeiro lugar, precisar de lei para impor, regulamentar, obrigar, seja qual for o verbo escolhido, sobre sacolinhas plásticas já é a meu ver totalmente desnecessário. Seja porque não temos uma Câmara de Vereadores e Prefeito pagos com erário público para criar e aprovar leis com conteúdos deste porte ou até piores, seja porque não faz sentido legislar sobre tema tão pequeno nas relações entre fornecedores e consumidores.
Percebam que até o momento aonde não havia a lei tudo corre bem. As empresas e os consumidores criam suas próprias regras, naturalmente criam opções de relacionamento, demonstram sua satisfação ou o contrário, trocam informações e preferências e no final o que é bom para todos, invariavelmente, é o que prevalece no mercado.
Relembrando o passado recente, não havia lei do consumidor, não havia SAC, não havia profissionais destinados a cuidar dos clientes e ouvi-los, não havia pesquisas e muitas outras condições para um bom negócio e relacionamento entre empresa e consumidor.
Superficialmente falando, tudo foi um movimento natural da lei do livre comércio, onde estratégia ou não, a situação se moldou conforme o consumidor se sentia valioso para qualquer tipo de empresa do qual usasse seus produtos ou serviços. As empresas por sua vez para crescerem, pensavam em como atender seus clientes da melhor forma, ponto.
Mas e as sacolinhas?
Hoje com as leis vigentes empresas e clientes ficam inseguros e acabam transformando por vezes, uma simples situação em uma experiência desagradável onde todos saem perdendo.
Assim, pegando este exemplo, se você for num supermercado, padaria, loja de conveniência, minimercado, qualquer pequeno negócio no seu bairro e comprar um produto qualquer o estabelecimento pode regular a sacolinha, porque a lei não o obriga a fornecer gratuitamente, mas o obriga a ter um padrão. Para o proprietário a obrigatoriedade se transformou em custos maiores e a antes distribuição sem controle agora passa a ser vista com outros olhos.
Para o cliente não há diferença, por sua vez o estabelecimento se defenderá enquanto você sai de mãos vazias. Neste momento ou você se irritou com a “resposta”, ou não tem como levar o produto sem sacolinha ou não quer pagar por ela!
Quem fica satisfeito com a situação?
Quem perde?
Assim caros leitores, seguir cegamente as leis nem sempre são regras válidas para bons negócios. O bom senso deve continuar a imperar nas relações comerciais e a busca pela satisfação do cliente não muda, com lei ou sem lei.
Prestar um bom serviço vai depender da visão que se tem de negócio e de como fazer o seu cliente continuar a consumir na sua empresa, com ou sem sacolinha.
Precisa colocar a caixola pra funcionar….
Reflita: “As leis inúteis debilitam as necessárias.” – Barão de Montesquieu ( fonte http://pensador.uol.com.br)
Leia também:
http://www.fecomercio.com.br/NoticiaArtigo/Artigo/12805
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-sao-as-leis-mais-estranhas-do-brasil
http://noticias.terra.com.br/mundo/leis-estranhas/
imagem by Poranga Miranda