Arquivo mensal: julho 2015

Quando mais é menos!

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20150715_135017Em primeiro lugar, precisar de lei para impor, regulamentar, obrigar, seja qual for o verbo escolhido, sobre sacolinhas plásticas já é a meu ver totalmente desnecessário. Seja porque não temos uma Câmara de Vereadores e Prefeito pagos com erário público para criar e aprovar leis com conteúdos deste porte ou até piores, seja porque não faz sentido legislar sobre tema tão pequeno nas relações entre fornecedores e consumidores.

Percebam que até o momento aonde não havia a lei tudo corre bem. As empresas e os consumidores criam suas próprias regras, naturalmente criam opções de relacionamento, demonstram sua satisfação ou o contrário, trocam informações e preferências e no final o que é bom para todos, invariavelmente, é o que prevalece no mercado.

Relembrando o passado recente, não havia lei do consumidor, não havia SAC, não havia profissionais destinados a cuidar dos clientes e ouvi-los, não havia pesquisas e muitas outras condições para um bom negócio e relacionamento entre empresa e consumidor.

Superficialmente falando, tudo foi um movimento natural da lei do livre comércio, onde estratégia ou não, a situação se moldou conforme o consumidor se sentia valioso para qualquer tipo de empresa do qual usasse seus produtos ou serviços. As empresas por sua vez para crescerem, pensavam em como atender seus clientes da melhor forma, ponto.

Mas e as sacolinhas?

Hoje com as leis vigentes empresas e clientes ficam inseguros e acabam transformando por vezes, uma simples situação em uma experiência desagradável onde todos saem perdendo.

Assim, pegando este exemplo, se você for num supermercado, padaria, loja de conveniência, minimercado, qualquer pequeno negócio no seu bairro e comprar um produto qualquer o estabelecimento pode regular a sacolinha, porque a lei não o obriga a fornecer gratuitamente, mas o obriga a ter um padrão. Para o proprietário a obrigatoriedade se transformou em custos maiores e a antes distribuição sem controle agora passa a ser vista com outros olhos.

Para o cliente não há diferença, por sua vez o estabelecimento se defenderá enquanto você sai de mãos vazias. Neste momento ou você se irritou com a “resposta”, ou não tem como levar o produto sem sacolinha ou não quer pagar por ela!

Quem fica satisfeito com a situação?

Quem perde?

Assim caros leitores, seguir cegamente as leis nem sempre são regras válidas para bons negócios. O bom senso deve continuar a imperar nas relações comerciais e a busca pela satisfação do cliente não muda, com lei ou sem lei.

Prestar um bom serviço vai depender da visão que se tem de negócio e de como fazer o seu cliente continuar a consumir na sua empresa, com ou sem sacolinha.

Precisa colocar a caixola pra funcionar….

 

Reflita: “As leis inúteis debilitam as necessárias.” – Barão de Montesquieu ( fonte http://pensador.uol.com.br)

 

Leia também:

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/05/lei-das-sacolinhas-esta-em-vigor-ha-um-mes-na-capital-paulista.html

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/04/pequenos-mercados-de-sao-paulo-descumprem-nova-lei-das-sacolinhas.html

http://www.fecomercio.com.br/NoticiaArtigo/Artigo/12805

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-sao-as-leis-mais-estranhas-do-brasil

http://noticias.terra.com.br/mundo/leis-estranhas/

 

imagem by Poranga Miranda

Quer se comunicar bem? Escreva bem!

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ID-10069167Podemos começar por uma regra básica, que é ler ler ler ( quase um mantra). Depois praticar praticar praticar. Ninguém é perfeito e está isento de erros, mas não estou falando aqui de decorar ortografia ou gramática (apesar de que na nossa área é bem importante), estou me referindo principalmente o que e a quem destinamos nossa comunicação.

Por falar nela, comunicação é um ato essencial da vida em sociedade. Desde os tempos da pré-história a comunicação teve sua relevância e sua evolução só confirma esta necessidade. Então…..comunicar é preciso, mas não através de grunhidos, palavras ininteligíveis, abreviaturas exóticas, gírias incompreensíveis. Comunicação é um exercício contínuo e um aprendizado eterno.

Partindo para o tema deste artigo, que se trata de escrever bem ou de forma que o recado seja dado, a boa comunicação verbal faz uma tremenda diferença. Começando pela área corporativa, você deve se comunicar adequadamente, deixar claro o que quer e o que pretende. Sempre disse esta frase nos meus ambientes de trabalho: “escreva para leigo, escreva para quem não entende, escreva de forma clara e simples”. Bingo!!! Está aí o segredo. Se não consegue, pegue o telefone ou vá até a pessoa, melhor assim. Afinal o fato de ter e-mail e o mundo ser digital, não significa que você não pode falar com seu colega na mesa ao lado ou pegar o telefone e ligar (sic)!

Sendo um pouco mais específica, vou tratar da comunicação verbal na área de marketing.

Quais são as dicas básicas para um bom texto? Além das que já mencionei acima, acrescento: use palavras persuasivas, mas não complexas ou de moda. Você pode cair numa armadilha e ainda sair taxado de pernóstico. Use um bom vocabulário, nada de palavras repetidas ou sem sentido. Revise a ortografia e releia, releia, releia. Se tiver dúvida quanto à compreensão, compartilhe antes de dar o ok final. Pronto, as regrinhas básicas estão completas.

Mas para escrever um ótimo texto o que mais devemos fazer? Esta é uma árdua e complexa missão. Tão importante que no mundo corporativo há profissionais especializados nisto, como jornalistas e redatores. Mas como podemos produzir o texto perfeito? Lá vão mais dicas: gerar interesse, envolver no conteúdo e gerar resposta/ação. Simples, mas nada fáceis.

Tão importante quanto ter conteúdo de qualidade, toda comunicação deve atrair e estreitar relações com o público-alvo. A publicidade por sua vez deve considerar o perfil do consumidor e proporcionar uma comunicação personalizada. Não dá mais para abordar de forma genérica, como disse no início o que e a quem passa a ter peso muito maior.

Então caros leitores, coloquem a mão na massa, comecem lendo muito e passem para a prática. Leiam e releiam. Guardem e leiam novamente. Revisem, leiam. É um processo e um aprendizado, mas com bom propósito.

No marketing não basta escrever bem, tem que saber ser claro, coloquial, perspicaz, ter “sacada”, não esconder informação, não denegrir, não ofender, não subestimar, deve representar o produto ou a empresa, sua essência e sua coerência.

Nada fácil, mas nada desanimador!

Agora algumas pérolas que separei para vocês……….leiam e concluam vocês mesmos:

Em um panfleto de um grupo religioso: “….só entre para a Companhia, se você amar a igreja como mãe e não como sogra” ( hein????)

Em um panfleto de loja: “….milhares de produtos nacionais e importados vários seguimentos na mesma loja “ ( tão seguindo quem?)

Poesia em um anúncio de Motel: “Ame mais para que a rotina não ofusque sua retina a tal ponto que você enxergue mais cifrões do que sorrisos. Para que o hoje seja o seu grande presente. Ame mais Ame aqui.” (me recuso a colocar inteiro, isso porque vocês não estão vendo o impresso, afê!)

Do mesmo guru: “o hábito nos molda tanto que nos deixa quase como máquinas. Só o amor, o mais sublime dos sentimentos, é capaz de resgatar nossa humanidade. Então, viva seu amor no melhor motel do interior.” ( choramos?)

Slogan de um jornal do interior de SP: “ Divirta-se com esta bela porcaria” ( difícil se divertir com tamanha deselegância)

Texto de um jornal de bairro: “…referido acontecimento promete reviver o realce da elite do bairro em memorável noite de gala, com homenagem a empresários e celebridades, entre expressivas personalidades de nossa região……” ( cansei na segunda linha, trata-se de um reino no meio da cidade?)

 

Reflita: “ o maior problema com a comunicação é a ilusão de que ela foi alcançada” – George Bernard Shaw

Leia também:

http://www.marketingdeconteudo.com.br/marketing-de-conteudo/13-regras-para-escrever-melhor-por-ann-handley/

http://www.significados.com.br/comunicacao/

http://www.ideiademarketing.com.br/2013/04/30/escrever-bem-e-sempre-olhar-a-quem/

http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/10-dicas-do-guru-da-publicidade-para-escrever-melhor

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