Arquivo mensal: agosto 2014

Mídias digitais estão invadindo sua praia

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ID-100182079Recebemos diariamente informações de todos os tipos e por todos os meios, sejam para notificação, sejam para conhecimento ou sejam para vendas.

As mídias digitais crescem rapidamente, pois suas vantagens técnicas como agilidade na manipulação e criação de conteúdos as tornam dinâmicas e multifacetadas, sendo sua principal característica a integração entre diferentes meios.

As mídias digitais não se limitam apenas à oposição das mídias analógicas, mas são uma ramificação muito mais abrangente, criativa e ilimitada do uso de mídias, já que suas possibilidades não são formatadas. Pelo contrário, procuram explorar todos os meios para comunicar a mensagem extrapolando suas próprias barreiras.

Recebemos todos os dias mensagens por e-mail, por celular, por telefone fixo, por correspondência e pessoais, no entanto a maioria delas não pedimos, não queremos, não optamos em receber, não compramos ou não autorizamos.

Se fizermos uma busca no Google, seremos imediatamente bombardeados com propagandas as quais, apesar de correlatas ao assunto, não foram solicitadas. As propagandas estão invadindo sua privacidade.

Nossa caixa postal deve estar inundada de spams, os quais são autorizados pela sua própria conta de e-mail. Se você fizer uma pesquisa na internet paralelamente sua caixa postal ficará repleta de e-mails de fornecedores de todas as espécies. Além disso, o portal, proprietário de sua conta pessoal, vende seu e-mail para anunciantes e nem sempre conseguimos nos livrar deles.

Abuso? Desrespeito? Sim….é sim….

Recentemente em matéria do Wall Street Journal o Google foi criticado por dar preferência aos anunciantes em respostas às buscas de seu site (leia matéria completa http://online.wsj.com/news/article_email/SB10001424052970204846804580100331033270748-lMyQjAxMTA0MDEwOTExNDkyWj).  Resultados tendenciosos nas buscas livres têm desagradado usuários, anunciantes e concorrentes.

Usar de ferramentas e de sistemas para divulgar produtos é tão velho quanto à invenção da roda, mas não estamos mais na pré-história e o consumidor não é mais carente, nem de informação nem de inteligência.

As empresas deste setor têm hoje e terão sempre tecnologias cada vez mais avançadas, criando sistemas que podem cada vez mais esmiuçar o target do consumidor. Usando deste recurso podem nos enviar personalizadamente, qualquer tipo de informação, baseada em dados pessoais e preferenciais.

Lembro-me quando recebi pela primeira vez uma mala direta com meu nome impresso, que evolução, que incrível! Hoje continuo recebendo, tornou-se comum, mas de forma camuflada temos recebido o que não queremos ou pedimos para receber. Apesar das inúmeras regras impostas ao mercado publicitário e aos proprietários de sites e portais, operadoras de celulares ou de telefone fixo, ou até de um acordo de cavalheiros, pouco tem sido respeitado.

Creio que a tolerância está diminuindo na mesma proporção que as vendas das mídias digitais têm aumentado. Mas espero que o equilíbrio aconteça em breve, pois sem ele mídias e anunciantes serão prejudicados!

É bom que fiquem espertos. Vamos aguardar os próximos acontecimentos.

 

Leia também:

http://ecommercenews.com.br/artigos/tutoriais/modelagem-preditiva-no-e-mail-marketing

http://www.blogdomadia.com.br/index.php/2014/08/24/venda-preditiva-quanta-bobagem/

http://www.ibm.com/developerworks/br/library/ba-customer-segmentation-integration/

 

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RSE é um diferencial?

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ID-100167267O termo Responsabilidade Social Empresarial apareceu nos anos 60 nos EUA e Europa, mas só decolou nos últimos 20 anos. Na verdade no final da década de 90 e início de 2000 é que o tema tomou proporções agigantadas, não só pelo conceito de que toda empresa tinha a responsabilidade moral de conduzir seus negócios de forma ética, mas para garantir que tivessem um impacto positivo interna e externamente.

Esta mentalidade inundou as empresas brasileiras como uma necessidade de demonstrar sua preocupação com seus colaboradores, entorno, meio ambiente e sociedade a qual estava inserida. O impacto deveria ser significativo e positivo.

Iniciado pelas grandes empresas, os movimentos de RSE foram, em muitas delas, mais preocupados com visibilidade e foco em agregar valor à marca do que realmente ações assertivas, perenes e com objetivos sociais claros. Muitas empresas já praticavam RSE muito antes de se falar no tema. Estas continuaram muitas outras procuraram fazer sua parte com o objetivo de não estar fora do radar da mídia e da sociedade. Uma estratégia de marketing em muitos casos bem sucedida.

Se começarmos a procurar no período do final dos anos 90 em diante informações a respeito de RSE nas empresas brasileiras, acharemos provavelmente inúmeros relatórios a respeito.

É necessário lembrar que para muitas o resultado não era apenas o valor da marca, era também ter suas ações da bolsa e credibilidade aumentadas. No entanto nem sempre eram com seus próprios esforços ou projetos, mas se apropriando de projetos de terceiros ou de projetos já em andamento.

Não há problema a meu ver nesta atitude, mas temos que analisar friamente se muitas não o fizeram por mudanças nas regras, normas e leis que regiam o funcionamento das empresas e também a isenção ou benefícios fiscais.

Caso conhecidíssimo e amplamente divulgado foi o caso da Nike e o uso de mão de obra infantil ou escrava nas suas fábricas estrangeiras há alguns anos. As ações despencaram e foi muito difícil a sua recuperação. A imagem foi abalada e o preço foi bem alto por isso. Após o ocorrido ela implementou um programa de RSE robusto, para longo prazo e devidamente auditado.

No Brasil, um caso muito conhecido é da Natura, que através da implantação de cooperativas espalhadas pelo país proporcionou renda e melhores condições de vida à comunidades carentes para a produção de matérias primas naturais para as linhas de beleza e higiene da empresa.

Mas a RSE não é só corrigir erros e diminuir impactos ao meio ambiente, por exemplo, é tornar tangível a contribuição positiva. A RSE já extrapolou os muros das empresas. O mundo deve ser mais justo e sustentável, a imagem das empresas está diretamente ligada as suas ações em níveis cada vez maiores, como uma onda que se propaga ampliando sua área de impacto.

Independente do tamanho as empresas podem ter ações que auxiliem o seu próprio público interno, extensivo aos familiares, entorno, comunidade, outras entidades, outras cidades outros países e por aí vai…

Tanto como voluntário, colaborador, patrocinador ou doador, as empresas podem maximizar suas ações, criando oportunidades de forma positiva e construtiva. Estas ações levam a melhor relação com a comunidade, colaboradores, consumidores, clientes e stakeholders, deixando claro suas contribuições e suas intenções com a sociedade. É um trabalho em longo prazo.

A área de Responsabilidade Empresarial Social pode contribuir e muito com as empresas e seu reconhecimento, mas deve existir visando um bem maior, realmente preocupada com o impacto em escalas cada vez maiores, muito diferente dos conceitos iniciais e nos idos de 90.

Sabemos que ainda não é comum deparar com ações voltadas com esta macrovisão por aqui. Se por um lado as micro, pequenas e médias empresas buscam a sobrevivência e a quase ausência de incentivos as direcionam a não investir em programas de RSE, por outro lado muitas das grandes empresas ainda cumprimentam com o chapéu alheio.

Mas a pergunta é por que não? Por que não investir ou praticar o que pode beneficiar muitos? Além de ser um diferencial naturalmente o branding será indiscutivelmente real.

Melhor fazer pouco do que não fazer nada!

Reflita: “Com grande poder vem grande responsabilidade” – Voltaire

8jeitos_de_mudar_o_mundoLeia também:

http://www3.ethos.org.br/cedoc/responsabilidade-social-empresarial-e-sustentabilidade-para-a-gestao-empresarial/#.U_ZmZ_ldXh4

http://www.cfa.org.br/acoes-cfa/artigos/usuarios/responsabilidade-social-empresarial

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_293669.shtml

http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139485porb.pdf

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Ridículo ou uma boa ação de marketing?

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ID-100264429Recentemente foi foco de opiniões diversas a inauguração de várias lojas da Samsung em Shoppings no Brasil, onde o grupo de vendedores desenvolveu uma performance de dança.

Muitos criticaram negativamente, muitos elogiaram, muitos consideraram degeneração da marca.

Ouso afirmar que o Brasil precisa encarar de uma vez por todas, que sua cultura original é índia e que as diversas influências colonizadoras num país de dimensão continental, fizeram um povo igualmente mesclado, enriquecido por culturas de outros povos, diferente na sua forma de expressão, sotaques, costumes, gostos e também na sua forma de encarar o seu ambiente familiar, de trabalho e social. É na cultura onde encontramos as respostas mais profundas para os desafios e dilemas do marketing hoje em dia.

Muitas vezes afirmamos que o Brasil é um monte de Brasis, e é verdade, como é verdade que não há uma única maneira de interpretar fatos.

A Samsung quando decidiu abrir suas novas lojas com perfomances, ela no mínimo tentou atrair o público de forma diferenciada, tentando aproximá-lo de seus produtos, tornando-os acessíveis, amigáveis. O varejo no Brasil é muito atraente, mas igualmente competitivo. Nem sempre as grandes e elaboradas campanhas publicitárias fazem tanto efeito como as ações nos pontos de venda, muitas vezes resultado dos esforços dos próprios vendedores com metas auspiciosas para não dizer impossíveis.

A Samsung não foi a única que apelou para esta estratégia e nem será a última. Cada empresa faz aquilo que considera aplicável, viável, eficiente para seu público-alvo. Não há porque criticar esta ação, muito menos considerá-la repulsiva ou afirmar que a marca ficou comprometida.

Eu acredito na criatividade e no inesperado, como boas armas para surpreender os consumidores. Por vezes as ações devem ser simples, nada complexas, nada mirabolantes.

Neste caso voltamos à questão de entender o consumidor, suas necessidades, seu perfil, conversar com ele, saber interpretá-lo. Entendê-lo significa construir conexões sólidas, pertinentes, eficazes, perfeitas para o perfil do consumidor e cliente.

Isto não quer dizer que as ferramentas e os processos de marketing não são necessários, mas que é muito importante compreender verdadeiramente as motivações, desejos e comportamento dos consumidores.

Prova disto é que a Samsung há 5 anos era apenas mais uma marca coreana. Hoje é uma marca reconhecida, que fabrica bons produtos e que está procurando dialogar com os mais diversos públicos, oferecendo produtos que satisfaçam dos mais simples aos mais abonados.

Acredito que mais do que críticas, as empresas deveriam ficar atentas às ações da concorrência e de outras empresas que buscam inovar na tentativa de aumentar o score de vendas. O resultado pode surpreender!

Et vivre la différence!

 

Reflita o velho ditado que diz: “falem mal, mas falem de mim”.

Veja:

http://www.youtube.com/watch?v=_yEKfhQLz70 – inauguração da Samsung em Campos de Goytacazes – RJ

http://www.youtube.com/watch?v=FL355uyhbyU – inauguração da Samsung em Camboriú – SC

http://macmagazine.com.br/2014/06/12/apple-divulga-video-com-os-preparativos-para-a-abertura-de-sua-mais-nova-loja-em-toquio-no-japao/ – inauguração loja Apple em Tóquio

Leia também:

http://www.administradores.com.br/noticias/marketing/samsung-inaugura-loja-de-forma-diferente-no-rj-e-vira-polemica-na-internet/90678/

http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/o-ziguiriguidum-da-samsung-e-sua-consequencia-para-a-marca/79409/

http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2014/07/de-ziriguidum-pitbull-funcionarios-fazem-coreografia-em-inauguracao-de-loja-da-samsung.html

 

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