Arquivo mensal: abril 2019

Mamãe eu quero, mamãe eu quero…

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women-3394510_1280O Dia das Mães se aproxima e uma recente pesquisa do Google, mostrou que as redes varejistas não estão no top of mind.

Será falta de propaganda e publicidade? Não, na verdade a comunicação está defasada e não retrata a mulher contemporânea.

Nesta pesquisa não há o perfil do público entrevistado, mas mesmo que seja uma amostra de variado universo feminino, mesmo as classes mais baixas não estariam associando estas marcas varejistas ao seu dia comemorativo.

Conhecer o público alvo ainda é um quesito necessário para uma comunicação eficaz e consequentemente que gere vendas. A mulher do século 21 não é mais a mulher dos anos 70/ 80, cuja característica principal era ser mãe em tempo integral.

Hoje o perfil é outro, as mulheres tem suas atividades profissionais, são antenadas, buscam informações e compartilham experiências, podem ser mães solo e dividem seu tempo entre muitos afazeres. Essas mulheres cada vez mais conectadas se interessam em conhecer experiências reais, que tragam mais informação e as ajudem a tomar melhores decisões e legitimar suas vivências enquanto mães.

Essa conversa sobre maternidade real está ganhando espaço, mas ainda é recente. Como reflexo disso, na mesma pesquisa, 40% das mães acham que a maternidade é uma tarefa difícil, mas somente 20% se sentem confortáveis em falar das dificuldades publicamente.

Não existe data mais adequada que o Dia das Mães para mudar essa representação materna. Para isso, as empresas precisam criar diálogos que sejam autênticos e atuais. É preciso entender que a maternidade real tem outras camadas além da relação mãe-filho, incluem conversas sobre as relações dentro da família, sobre as responsabilidades de cada um. A comunicação deve ser inclusiva, a mãe não é a única responsável pela criação dos filhos, há outras pessoas participando ativamente desse processo, além de formatos distintos de família.

A maternidade real também traz o entendimento que, antes de qualquer coisa, as mães são mulheres com outros interesses e papéis na sociedade, além daqueles que lhe foram impostos até hoje. Ela reconhece a maternidade como um aspecto importante da identidade, mas sem ser único ou excludente. A maternidade real representa a mulher na sua integridade, na sua condição de ser humano.

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        fonte Google

 

Portanto, as empresas devem buscar mostrar uma mãe de verdade!

Com um significado tão intenso no Brasil, o Dia das Mães precisa ser olhado com atenção pelas marcas. Não pode mais se dar ao luxo de reproduzir ideias antigas de maternidade, ou apostar em campanhas e presentes “tradicionais”.

Para fugir desta maneira de representar as mães, a comunicação precisa ser verdadeira e contemporânea, se conectando de forma genuína com as mães e entendendo que seus desejos nesse dia podem não ter a ver com a maternidade ou a família, e sim com ela mesma, como indivíduo e como mulher.

 

Fonte: Google
Imagem de silviarita por Pixabay