Nestas férias, no litoral sul paulista, pude observar com mais atenção o “shopping center praiano”. Independente do lugar no Brasil todo existe esta modalidade, que não está no tradicional formato de shopping center ao ar livre, mas oferece uma gama enorme de produtos na areia da praia. Você já se deu conta disto?
De roupas femininas a masculinas, de acessórios pessoais a equipamentos eletrônicos, passando por cama e mesa, artigos para o lar e fast food não há quase qualquer privação, literalmente, na areia da praia.
Não é fácil encontrar tamanha profusão de serviços num mesmo local e ali aos seus pés, sem que tenha que procurá-los, principalmente em se tratando de praias pequenas, praias afastadas dos grandes centros ou subdistritos. Mas aqui, basta estar sentado confortavelmente numa cadeira de praia que todos vêm ao seu encontro. E geralmente queremos é mais!
Além dos ambulantes barracas/carrinhos que oferecem petiscos, salgadinhos, bebidas alcoólicas ou não, todos a postos para atender imediatamente seus clientes, e melhor sem precisar pagar no ato, pois basta estar hospedado em algum local identificado ou ser frequentador assíduo para que você possa “marcar”, como nos velhos tempos, na caderneta da barraca do Zé do Coco.
Além disso, outros serviços como locação de barraca, caiaque, prancha de stand up, tem massagista, passeios de barco, chuveiro, banheiros e muito mais. Será que estamos no paraíso e não nos demos conta?
Acredito que a maioria das pessoas não percebe as facilidades que lhe são ofertadas ou dão valor a elas. Se levarmos em consideração que não precisa de nada para aproveitar a praia a não ser seu corpinho, o que mais pode se querer?
Claro que não é uma característica de todas as praias brasileiras, mas na grande maioria delas é possível contar com estes serviços e pasmem sem custos adicionais. Sim, porque se têm praticamente tudo o que é necessário para um dia agradável sem ter que sair da sua confortável cadeira. Ao “estalar” os dedos você será servido como rei e ainda poderá dispensar qualquer um deles sem qualquer constrangimento.
Então….acho que a maioria das pessoas não imagina ou pensa nisto, mas vou lhes dizer não é nada fácil. De sol a sol têm principalmente 4 meses do ano pra lucrar. Se chover não tem cliente. Puxar um carrinho de sorvete na areia o dia todo ou uma arara enorme de saídas de praia e cangas é para os fortes!
Conversando com um sorveteiro na praia descobri que ele ganha porcentagem sobre vendas, fatura 20% do que vende. Se vender $1.000,00 recebe $ 200,00. O que acham?
Talvez estes trabalhadores tenham muito a ensinar aos profissionais de mercado. Talvez as empresas de serviço devessem buscar nestes exemplos entender o consumidor e estar atento aos seus desejos, afinal porque os ambulantes, na praia ou na cidade, são mais rápidos, mais negociadores, mais flexíveis?
Porque oferecem aqueles determinados produtos na praia e não outros? Análise de público e mercado? Não, feeling e observação, oportunidade e impulso, baixo custo e produtos adequados. Se você atravessar a rua e for do lado oposto da praia poderá deparar com os mesmos produtos, mas com custos diferentes e atendimento nem sempre tão carismático, mesmo levando em consideração que vivem praticamente do turismo.
Assim caros leitores talvez este seja o segredo das férias: encontrar na areia da praia quem atenda as suas necessidades e supere suas expectativas com serviços de qualidade!
E vamos continuar aproveitando enquanto podemos….não acham?
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imagem by Poranga Miranda
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