Um velho lema seguido por muitos, mas atualmente é um tema bastante discutido.
Mas este paradigma está realmente mudando? Podemos afirmar que sim e a transformação está na relação entre empresas e clientes. Discutir as relações comerciais é altamente relevante para empresas que querem ter valor no mercado onde atuam.
Na década de 90 quando a visão empresarial mudou e a opinião dos clientes passou a ser considerada, vários incrementos surgiram e permaneceram até hoje: políticas de atendimento, regras, direitos do consumidor, entre outras mudanças internas que vieram pra ficar. Mas na contramão da evolução da relação empresaxcliente muitas se equivocaram em atender as demandas ou não dos clientes, consequentemente muitas amarguraram prejuízos ou até fecharam.
Felizmente o mercado vem amadurecendo. Os clientes estão mais exigentes e mais informados e as empresas mais sensíveis e atentas a estas transformações.
Sob o ponto de vista do cliente a razão sempre será dele. Sob o ponto de vista da empresa ela deve respeitar seu cliente, mas deve igualmente levar em consideração os princípios da organização.
Completando o quadro, uma recente pesquisa realizada pela IBM aponta que, enquanto no Brasil 55% dos executivos afirmam que os consumidores exercem forte influência sobre as atividades de suas empresas, somente 30% dizem entendê-los (leia matéria completa no link abaixo).
Quem tem razão afinal? Tudo vai depender, a regra da década de 90, a meu ver, deixou de existir.
É um árduo aprendizado, mas a lição de casa deve ser feita. E, de fato, é uma questão de sobrevivência.
Em um interessante artigo Marcelo Salim (veja artigo completo no link abaixo) expõe bem o quanto se deve levar em conta a opinião do cliente, afinal ele entende da reclamação, mas não entende da solução. É necessário ir mais fundo no problema. A empresa tem o produto/serviço entende dele, mas o cliente é o que compra, opina e divulga. Ela precisa dele! Mas ela deve sempre ceder? Claramente não!
Eliminando os extremos – desleixo e despreparo das organizações e clientes “problemáticos” – se por um lado o cliente pode e deve opinar sobre o produto/serviço por outro a empresa deve observar, ouvir e aprender. Quanto mais a empresa se interessa pelo seu cliente, mais sucesso ela terá! Quanto mais o cliente percebe o cuidado com ele, mais satisfeito ele ficará!
Posso afirmar que vivemos um novo momento nas relações comerciais, onde as regras rígidas deram lugar a um novo lema: colaboração! Uma via de mão dupla onde todos podem ganhar.
Direitos e deveres sempre existirão para ambas as partes, mas está na hora de clientes e empresas juntos encontrarem seus devidos lugares.
Como diz o velho ditado: Cada macaco no seu galho.
Mas ainda há muito trabalho pela frente. Vamos continuar observando e torcendo para que organizações e clientes encontrem a fórmula ideal na relação do ganha-ganha.
Leia:
http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/a-empresa-do-futuro-sera-comandada-pelos-consumidores/ – matéria sobre a pesquisa IBM
http://www.endeavor.org.br/artigos/start-up/aprendendo-a-ser-empreendedor/cliente-nem-sempre-tem-razao – artigo completo de Marcelo Salim
Outros artigos interessantes sobre o tema:
http://www.abonacional.org.br/artigo.php?codigo=32
http://www.sebraesp.com.br/index.php/76-noticias/multissetorial/8530-cliente-nem-sempre-tem-razao
http://www.institutomvc.com.br/costacurta/artjbv01_clienterazao.htm