Arquivo mensal: novembro 2015

Mídias sociais – anjos ou demônios?

Padrão

ID-100230401A internet nos trouxe inúmeras facilidades, informações, conhecimento, agilidade, possibilidades….

As redes sociais, filhas da net, trouxeram conexões instantâneas, informações disseminadas em segundos, identidade de comunidades.  Quanto maior a  conectividade e a distribuição na rede, menor o mundo vai ficando e maior é a capacidade de indução. A ciência das redes estuda o que a sociologia tradicional não consegue explicar nos dias de hoje.

Um bilhão de pessoas estão conectadas nas redes sociais, talvez a cada segundo este número aumente mais. Pesquisa recente da Datafolha atestou que a confiabilidade das redes sociais é quase igual a da imprensa, chegando a mais de 60%, o que me causa certa perplexidade devido à quantidade de notícias falsas, incorretas e com supressão de conteúdo, disponíveis nas redes todos os dias.

Além disso, a exposição exagerada da vida pessoal ou familiar, as opiniões fabricadas por patrocinadores, fotos pessoais produzidas para escamotear a divulgação de produtos para seguidores, a criação de subcelebridades, perfis falsos ou maquiados, entre outras ações que multiplicadas pela velocidade da rede e pela capacidade de atingir um público incontável, tornou-se uma ferramenta por vezes nefasta.

O mesmo vale para empresas. Estar presente nas mídias sociais é quase uma necessidade para a presença da marca. Para gerar visibilidade precisa ter frequência, trazer assuntos que interessem o ramo em que atuam, postar iniciativas, é preciso se movimentar, dar respostas rápidas e estar à disposição. Não basta apenas diversificar, precisa ter bons e diversos conteúdos. A palavra-chave é interatividade.

As redes também criam formadores de opinião que influenciam muitas pessoas. Seus hábitos, costumes e declarações tem relevância junto aos seus seguidores, não dá pra ignorar esse fato.

Então temos dois lados de uma mesma moeda. Se por um lado as redes sociais conectam pessoas, afinidades, informações, atividades profissionais, interesses comuns, de forma descompromissada e superficial, por outro os limites das redes não são físicos, mas um limite de expectativas e de confiança, o qual é permanentemente mantido e renegociado com seus usuários.

Nem tanto ao céu e nem tanto a terra. Equilíbrio, bom senso, respeito e racionalidade são palavras chaves para o bom uso das mídias sociais. Organizações devem atentar para seus conteúdos e mensagens, devem se preocupar com a imagem da marca e a confiabilidade no mercado que atuam. Devem considerar as mídias sociais como uma importante ferramenta de divulgação e estarem preparadas para utilizá-las com rapidez, nos bons e maus momentos.

 

Reflita: “Faça um cliente infeliz no mundo físico e ele irá contar para 6 amigos. Faça um cliente insatisfeito na internet e ele irá contar para 6 mil .”  – Jeff Bezos fundador da Amazon

Veja também:

https://www.youtube.com/watch?v=kJpMYL-C5WM  – interessantíssimo projeto da Federação do bancos da Bélgica, mostrando a exposição exagerada das pessoas online.

https://www.youtube.com/watch?v=pi8I3p33yOo

https://www.youtube.com/watch?v=d-zXFIO1OeI

Image courtesy of renjith krishnan at FreeDigitalPhotos.net