Se no artigo anterior escrevi sobre inteligência artificial, a tecnologia que avança exponencialmente, a substituição do ser humano por robôs, equipamentos autônomos e a internet , hoje reforço como o ser humano é essencial para os negócios.
Igualmente intrigante o uso da ciência, dos estudos do cérebro e consequentemente comportamentais, trás à tona incríveis descobertas. O uso da neurociência a favor das empresas está da mesma forma crescente e inovadora.
Por exemplo, as ações de marketing pautadas nas experiências dos consumidores podem estar recheadas de estímulos sensoriais. Além de ajudar na atração e no engajamento dos clientes, estimular os sistemas sensoriais do consumidor pode contribuir fortemente com a geração de emoções, influenciando a criação de laços afetivos e a relação marca-cliente.
Assim quando os consumidores são envolvidos por cheiros, sabores e sensações, tudo isso em uma única experiência, o potencial de memorização se torna maior e provavelmente você nem se dá conta disto!
Agora imagine se você pudesse sentir gosto ouvindo música? Ou se pudesse ouvir um som ou sentisse um cheiro específico quando visse uma marca? Incrível não é? Poucos conseguem são os chamados sinestésicos.
Apesar disto o uso de estímulos multissensoriais em PDVs já é uma realidade. Seja pela altura das prateleiras, amostras disponíveis ou mesmo pelos tratamentos oferecidos, os consumidores são estimulados o tempo todo a interagir com os produtos. Funciona basicamente assim: aromas intensos + cores chamativas + texturas agradáveis. Este tipo de experiência faz toda a diferença durante a venda. Além de aumentar as possibilidades de o consumidor criar laços emocionais mais intensos com a marca, as chances de ser lembrada também se tornam maiores.
Outro exemplo é o tetracromatismo, uma condição que faz uma pessoa enxergar 100 vezes mais cores do que qualquer outra. Esta condição ajuda as empresas a refinar a coloração dos produtos em um nível incrível, criando uma experiência única para o consumidor, sem contar que investir neste tipo de inovação pode ser uma ferramenta poderosa nas mãos de uma boa equipe de branding.
Quando o assunto é inovação, lançar mão de conhecimentos de como funciona o organismo ou mesmo de certas condições, como a sinestesia e o tetracromatismo, já deixou de ser uma fantasia e está fazendo parte da rotina de grandes marcas que apostam em estratégias fora da caixinha!
Aceitar que o ser humano não é só racional, mas sim emocional e intuitivo, significa que é necessário repensarmos a maneira como tentamos entender o comportamento dos nossos consumidores.
Fascinante não é mesmo?
E aí, depois de saber disto você acha que o ser humano será substituído um dia?
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