Arquivo mensal: agosto 2017

Elas ainda não aprenderam a lição!

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O tempo passa o tempo voa e as empresas continuam numa boa………

Incrivelmente apesar da teoria avançar, bem como as experiências com os consumidores, as empresas ainda engatinham no quesito valorizar o cliente.

O conceito de marketing holístico é largamente difundido, mas muito mais na teoria que na prática. O termo foi criado pelos autores Philip Kotler e Kevin Lane Keller e se encontra na obra “Administração de Marketing” de 2006. De acordo com eles, todas as áreas de uma empresa devem se relacionar e trabalhar de forma harmônica em prol dos resultados. Este tipo de marketing não atua sozinho e nem como um único organismo, mas sim como ponte entre todos os departamentos.

No meio empresarial, diz-se que a visão holística é o mesmo que a visão global onde se considera a presença e importância de todos os elementos, assim como as atividades e estratégias que fazem da organização uma coisa só. É a famosa frase “não veja a árvore veja a floresta”.

Em outras palavras é o mesmo que uma imagem única ou sintética de todos os componentes que estruturam uma empresa, a sua cultura organizacional e suas inter-relações. Padrões e Pessoas passam a fazer parte dos P’s de Kotler e sua importância na execução da estratégia de marketing, muito mais abrangente, de modo que o objetivo deixa de ser apenas promover vendas e passa a ser desenvolver relacionamentos duradouros, gerando fidelidade dos clientes à marca.

Mas para que tudo funcione como um relógio o foco deve ser o cliente. E é aí que as empresas continuam pecando. Não só não os atende com esta visão como também os trata como um estorvo.

Clientes muitas vezes são vistos como chatos, reclamões, injustos e inoportunos e muitos outros adjetivos impublicáveis! Mas volto a insistir sem eles não há negócio que sobreviva!

Assim, meu recado vai de novo para aqueles que querem sobreviver neste mercado dinâmico e cheio de inovações: cliente é a razão de existir de uma empresa! Foi e sempre será!

Aprendam a lição de uma vez por todas! Clientes agradecem!

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Economia compartilhada – um novo tipo de negócio?

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Segundo a especialista Rachel Botsman, a economia compartilhada contempla 3 possíveis tipos de sistemas:

1. Mercados de redistribuição: ocorre quando um item usado passa de um local onde ele não é mais necessário para onde ele é. Baseia-se no princípio do “reduza, re-use, recicle, repare e redistribua”.

2.Lifestyles colaborativos: baseia-se no compartilhamento de recursos, tais como dinheiro, habilidades e tempo.

3. Sistemas de produtos e serviços: ocorre quando o consumidor paga pelo benefício do produto e não pelo produto em si. Tem como base o princípio de que aquilo que precisamos não é um CD e sim a música que toca nele, o que precisamos é um buraco na parede e não uma furadeira, e se aplica a praticamente qualquer bem.

O princípio da economia compartilhada supõe que as pessoas mantenham o seu estilo de vida sem precisar adquirir mais, o que impacta positivamente não só no bolso, mas também na sustentabilidade do planeta. Resultaria em mudanças no modo como a sociedade opera, em novos modelos de renda e emprego através da prestação de serviços sob demanda e aumentaria a variedade de ofertas.

Mas basta uma rápida pesquisa para se perceber que esse estilo não tem nada de novo. Antigamente poderia ser denominado de escambo e no setor empresarial joint ventures. A novidade é a aceitação e a forma abundante que passou a ocorrer a partir dos anos 2000, justificada pelo avanço tecnológico. Com a facilidade de conexões, as transações passaram a ocorrer de forma mais rápida e barata.

Essa nova forma tem chamado atenção do mercado mundial que é focado na compra e venda, fazendo com que muitas empresas repensem seus modelos de negócio para não perder fatias de mercado. Parcerias entre empresas, utilização de know how e novos tipos de negócios estão crescendo também nas empresas “do velho oeste”.

Estar presente neste mercado do compartilhamento é uma estratégia que deve ser bem planejada. Apesar da geração milenium estar cada vez mais questionando a aquisição de bens e utilizando serviços de compartilhamento, isto não significa que qualquer negócio sob esta égide dará certo! Infelizmente há muitos casos de insucesso aqui no Brasil e no mundo. É um negócio como outro qualquer, requer estudos profundos, planejamento e operação muito bem estruturada, principalmente regras claras e uma fiscalização ainda restrita a usuários.

Muitas empresas que sentiram a concorrência com negócios sob este mote acabaram por adquiri-las, tornando-as mais uma das empresas do grupo. O mercado não é para principiantes.

Longe da fantasiosa camada do propósito a economia compartilhada veio como uma necessidade dos tempos modernos, do consumo excessivo e de novos valores sociais e pessoais. Nada tem a ver com romance, com o estilo hippie de viver, tem a ver com uma forma de gerar negócios, de ganhar dinheiro, de oferecer e otimizar bens por preços competitivos e sem apegos.

Se você atentar perceberá que muitas empresas sob este selo na verdade não compartilham nada! A economia compartilhada com cobrança de uso não seria outra forma de comercialização de bens e serviços dentro de uma mesma lógica capitalista? Pois é…..tem muito é do bom e velho marketing aí!

 

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Leia também:

http://consumocolaborativo.cc/

https://pegcar.com/blog/9-startups-promissoras-da-economia-compartilhada/

http://myopencloset.com.br/compartilhe/

https://endeavor.org.br/como-aproveitar-economia-colaborativa/

https://papodehomem.com.br/31-projetos-colaborativos-que-estao-revolucionando-o-mundo-como-o-conhecemos-hoje/

http://www.gazetadopovo.com.br/economia/empreender-pme/sem-dinheiro-em-caixa-startup-curitibana-fleety-fecha-as-portas-0h90abgayfcnh8aaf1fz25jy3

http://knowledge.ckgsb.edu.cn/2014/10/08/marketing/sharing-economy/