Em recente notícia, a Budweiser informa que investirá na mudança de suas embalagens, trocando o nome para America, neste período eleitoral americano.
A marca vem perdendo espaço no território americano, mas ainda é a marca mais consumida e de maior valor. A campanha é para lembrar que a America/EUA está nas mãos da população. A ação ocorrerá agora no verão, período de maior consumo do produto.
Aqui no Brasil, de forma similar a empresa Guarde Aqui – especializada em self storage – transformou seus anúncios impressos em alusões aos casos do suposto sítio do Lula e da descoberta de itens do governo em cofre particular.
Alguns deles como “na casa do amigo não” e “ tchau querida” foram largamente divulgados nas suas redes sociais. Com o intuito de pegar carona nos fatos advindos da operação lava a jato e o PT e acrescentar bom humor, a campanha não agradou a todos e provocou vários comentários desagradáveis aos posts nas redes sociais. Eu particularmente achei muito boas.
Isto não é novidade no mercado publicitário, muitas empresas aproveitam momentos ou situações inusitadas, com fundo político ou não, para rapidamente lançar mão da venda de seus produtos ou serviços.
Quem se lembra da recente ação do Habib’s e Ragazzo com a campanha “fome de mudança” que gerou polêmica e também restrição pelos órgãos trabalhistas? Para alguns coragem para outros uso indevido de colaboradores em prol das manifestações contra o governo do PT.
E a propaganda na TV antes da votação do impeachment sobre a queda no preço da esfiha?
E a propaganda da Bombril quando então candidatos Dilma e Aécio são entrevistados por Dani Calabresa e satirizados?
Estes são alguns exemplos, mas a pergunta que não quer calar é: vale a pena? As empresas devem se posicionar quanto as suas opiniões políticas?
Política é sempre considerado um assunto espinhoso e as empresas preferem “fingir que nada está acontecendo” para que não se comprometam a escolher um lado. Afinal, ninguém quer perder um consumidor seja de um ou de outro partido.
No entanto, o estranho é que muitas empresas “patrocinam” partidos através de doações no período eleitoral. Mas esse patrocínio é sempre ocultado do consumidor, as marcas temem ser associadas a uma péssima reputação dos partidos que apoiaram ou ao possível envolvimento em escândalos de corrupção.
Então, dois pesos e duas medidas?
Cada vez ficará mais difícil ocultar informações dos consumidores, vão ter que arcar com as consequências queiram ou não!
Melhor que pensem bem quem vão apoiar e principalmente por que!
Leiam:
https://www.youtube.com/watch?v=2AydaZbSfE0
https://www.youtube.com/watch?list=UUTG1QUv3DQGxxOCVZWBTKGw&v=6Rl1eKOhJMA
http://adnews.com.br/negocios/grupo-habib-s-se-arrisca-em-apoio-a-manifestacoes.html
imagem Brazil Flag by eatlizzardsdaily